Todo executivo quer contar com uma equipe ultra-inteligente. Em TI, a boa - e a má - notícia é que você provavelmente conseguirá ter esta equipe e precisará saber gerenciá-la.
Uma premissa básica da gerência em relação aos funcionários é: quanto mais inteligentes eles são, maior a dificuldade de gerenciá-los.
Funcionários com alto grau de inteligência do lado esquerdo do cérebro, fato comum entre os profissionais de TI, às vezes são exigentes e avessos a opiniões alheias. Ficam entediados com facilidade e empenham em ser “corretos”, de acordo com quem os gerencia.
Pessoas extremamente inteligentes, extremamente técnicas, habitam uma subcultura onde conhecimento significa status social e poder. E correção é fundamental. Isso pode gerar descontentamento quando discordâncias inevitáveis ocorrem, principalmente entre o funcionário e o chefe.
Talvez você sonhe em supervisionar uma equipe brilhante, mas tome cuidado com o que você deseja – ou, pelo menos, aprenda a melhor maneira de gerenciar pessoas ultra-inteligentes.
Veja sete dicas de quem está por dentro do assunto.
1 - Gerencie resultados, não o processo
É perfeitamente cabível o chefe dizer ao funcionário o que fazer, mas, quando se trata de como fazer, um ambiente controlador pode ser frustrante.
Você não pode pegar pessoas que têm paixão por alguma coisa e começar a criar muros ao redor delas. Uma equipe composta destes tipos de pessoas precisa de estrutura, mas esta estrutura deve ser voltada mais para resultados do que para processo.
Segundo os especialistas, o melhor a fazer é formatar as coisas em termos dos resultados que você está buscando, em vez de condenar o modo como elas precisam ser feitas para se alcançar estes resultados.
2 - Adote uma abordagem socrática
Raramente pessoas muito inteligentes gostam de se sentir comandadas. Isso não significa, contudo, que elas não precisem ser controladas.
Para conseguir este truque, faça perguntas que levem estes funcionários a perceberem seu ponto de vista, de maneira próxima ao método filosófico proposto por Sócrates. Se eles não querem que as coisas lhes sejam ditadas, você tem que gerenciá-los de uma forma mais socrática.
Isso demanda tempo e paciência, principalmente quando você acha que já sabe a decisão que, no fim das contas, precisa ser tomada.
Você tem que examinar as ideias deles e deixar que eles saiam com a recomendação de que você as rejeita ou concorda com elas. Mesmo que você só queira tomar a decisão, tem que lhes dar uma oportunidade de tomar parte nela.
3 - Seja aberto a aprender coisas novas
Seria um desperdício não permitir que algumas das ideias de uma equipe extremamente inteligente se concretizassem. Esteja aberto a explorar aonde a experimentação pode levar.
Se você for aberto às ideias que emanam de profissionais brilhantes, pode e deve aprender muito com eles.
Para isso, você tem que estar disposto a ser testado. Mas precisa fazer seus profissionais brilhantes justificarem as respectivas posições de modo equilibrado e convincente. Isso não significa que você possa abdicar de suas responsabilidades gerenciais.
4- Não finja saber mais do que sabe
A pior reação é se sentir inseguro e ameaçado ao reconhecer que um subordinado direto é mais brilhante do que você. Alguns chefes se vêm compelidos a tomar decisões sobre assuntos sobre os quais eles são totalmente incompetentes para decidir, o que acaba por afligir todo mundo.
É melhor aceitar que seu papel não é ter as melhores ideias, mas ser capaz de determinar quais são as melhores ideias.
Na realidade, você ganha o respeito das pessoas extremamente inteligentes quando permite a concretização das ideias. Mesmo que as pessoas não estejam felizes, vão respeitar que você esteja sustentando sua decisão. As pessoas realmente inteligentes querem ver ação e resultados, não importa como.
“É muito importante que cada gerente técnico se conscientize de que é um guia, não um chefe. Pode conduzir a expedição e sabe onde quer chegar, mas tem que confiar em seu caçador para caçar e no seu cocheiro para tomar conta dos cavalos.
5 - Encontre maneiras de extrair mais deles
Sofisticação intelectual é a perdição dos profissionais extremamente inteligentes, que gostam de ser desafiados – às vezes até demais.
A tendência é ir atrás da coisa mais nova e atrativa e priorizá-la em relação ao trabalho passível de cobrança. Para contrabalançar isso, os funcionários podem se oferecer para participar de uma equipe de ideias especiais, que se reúne a cada dois meses para explorar preocupações ou oportunidades importantes. Isso ajuda a manter o pique durante períodos mais lentos. Ajuda muito o moral.
E cuidado para não subutilizar pessoas brilhantes, alertam os especialistas.
6 - Não se deixe cegar pelo brilho
Só porque alguém é brilhante não significa que deva dirigir o espetáculo. Ficar fora do caminho dos indivíduos brilhantes não é abdicar da autoridade gerencial. Em vez disso, equilibre quando deve lhes dar espaço para conduzir suas próprias ideias, quando monitorá-los e quando intervir. Afinal, existem muitos tipos de inteligência. Um codificador brilhante, por exemplo, nem sempre é capaz de ver a estratégia geral.
Outro erro comum é delegar todas as decisões à pessoa ultrabrilhante do grupo. Presumir que a pessoa é brilhante em todos os aspectos da vida é condená-la ao fracasso.
7 - Mantenha a humildade
Na função de CIO, inevitavelmente você trabalhará com pessoas mais brilhantes do que você. Se não for assim, é porque você está contratando muito mal.
Dito isso, experimente começar cada novo dia com humildade. Você tem a sorte de contar com sua equipe e ela o levará ao seu destino.
Procure não se sentir ameaçado por não ser o mais brilhante da sala.
Fonte: CIO Insider
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