sexta-feira, 21 de junho de 2013

Você sabe o que é Application Retirement?

Ela ajuda os CIOs a enfrentarem o desafio da expansão e complexidade do portfolio de aplicações sob a sua responsabilidade.
Por Carlos Vidinha, diretor da Capgemini Consulting em Portugal











Um dos grandes desafios que os CIOs enfrentam atualmente é o da expansão e complexidade do portfolio de aplicações sob a sua responsabilidade. Estamos perante décadas de crescimento descontrolado, incluindo as fusões e as aquisições de companhias, o crescimento do volume de dados e um vasto número de aplicações com integrações desenvolvidas sob medida.

Todos estes fatores resultaram em um legado de TI que acrescenta pouco valor ao negócio. Este legado inclui aplicações redundantes e outras com pouco ou nenhum uso, dados preservados durante anos sem critérios que o justifiquem, entre outras situações causadoras de entropia ao nível dos sistemas de informação corporativos.

A manutenção dessas aplicações consome a capacidade de intervenção das organizações, considerando não só aspectos tecnológicos, como recursos financeiros e humanos. De acordo com o relatório Application Landscape de 2011, cerca de 2/3 dos CIOs acreditam que uma parcela significativa das suas aplicações deve ser desativada, de forma a proporcionar uma melhor resposta aos desafios de negócio e tecnológicos, dos quais se destacam:

A. Desafios de negócio
  • A proliferação de aplicações e o aumento do volume de dados dificultam a flexibilidade, a agilidade, a inovação e o crescimento do negócio;
  • A necessidade de atualizar as aplicações para suportar o crescimento do negócio;
  • A falta de planejamento e de conhecimento para a evolução da aplicação e a preservação dos dados.
B. Desafios tecnológicos
  • Os custos elevados de hardware (licenças, armazenamento de dados);
  • A incapacidade para cumprir os Service Level Agreements (SLAs);
  • O custo elevado dos encargos em Replication Communication Bandwidth;
  • Os custos não justificáveis com a manutenção de aplicações somente para controle.
Para dar resposta a estes desafios é necessária uma combinação de serviços com soluções de software, para a gestão de informação e a gestão do data base, incluindo casos de uso e um roteiro tecnológico de implementação.

O Application Data Retirement é uma abordagem estruturada a este problema, que contempla: o arquivo de dados da aplicação em um formato independente; a validação dos relatórios existentes perante o arquivo; a tomada de decisão de abandono de determinadas aplicações e de toda a sua infraestrutura/tecnologia; e a gestão da disponibilidade dos dados, entre outras soluções.

Os resultados da implementação desta abordagem traduzem-se na simplificação do portfolio de aplicações, contribuindo para a redução dos custos de manutenção, simplificando os projetos de investimento na evolução dos sistemas.

Todas estas ações devem ser suportadas por um modelo comprovado de relacionamento que ajude o cliente a diagnosticar, com clareza, a sua situação atual, o que pretende alcançar, e a construir um percurso claro e mensurável para fazer essa evolução.

Fonte: CIO Opinião

quarta-feira, 19 de junho de 2013

CIOs devem estar preparados para litígios

Da mesma forma que têm planos para desastres naturais, departamentos de TI precisam estar prontos para lidar com perícias eletrônicas
Por John Curran, CIO/EUA


A frase “todos os caminhos levam a Roma” descreve a importância de uma cidade no coração de um império. Quando se trata do litígio moderno, todos os caminhos levam à mesa do CIO, porque a informação é a alma das disputas legais.

Assim como os CIOs devem ter planos de contingência para uma falha nas redes, eles precisam de um plano para responder aos pedidos judiciais de informação armazenada eletronicamente, em um processo chamado “ediscovery”.

O tempo é essencial. Responder de forma ineficiente após a notificação pode levar a sanções legais contra a empresa e custos evitáveis.

Ao receber uma notificação, os membros da equipe de TI devem estar preparados para identificar imediatamente as fontes de dados relevantes, comunicar os requisitos para preservar os dados (chamado de retenção legal), e suspender as operações automáticas de limpeza de dados, como a auto-eliminação dos e-mails.

Além disso, os CIOs devem ter acesso a ferramentas como software de registros em caso de litígios e software que preserve os dados estruturados e não estruturados encontrados na rede, incluindo dados armazenados em dispositivos do usuário, como PCs e smartphones. Este software deve manter os dados (sem alterar o seu conteúdo) e os metadados, e tudo isso mantendo os registros de auditoria adequados.

Os CIOs também devem ser capazes de fazer uma avaliação lúcida das capacidades internas e saber quando chamar fornecedores externos, como especialistas de resposta a incidentes em segurança, técnicos forenses de informática e fornecedores de “ediscovery”.

Uma tarefa muitas vezes negligenciada é a gestão (e talvez a limpeza) do inventário de dados “ediscovery” após o fim do litígio. Negligenciar este processo de pós-contencioso aumenta o risco de violação de dados e o risco de que esses dados legados possam ser arrastados para um novo processo judicial.

Finalmente, o plano do processo judicial não pode ser estático, dada a mudança constante nas tecnologias e nas fontes de dados. Os CIOs devem colaborar regularmente com o conselho de administração da empresa para garantir que os seus planos de resposta a litígios estejam atualizados.

Fonte: CIO Gestão