terça-feira, 23 de agosto de 2011

Quatro fatores críticos na criação de APPs de negócios para o iPhone

Techies amam recursos e funções. Usuários corporativos focam mais em simplicidade e velocidade. CIOs precisam equilibrar os dois universos na hora de desenvolver APPs corporativas para o smartphone da Apple.
Tom Kaneshige, CIO/EUA

O desenvolvimento de aplicativos de negócios para o iPhone já desafia os CIOs, obrigados a balancear os contrastes de estilo dos usos doméstico e corporativo. Enquanto os usuários domésticos amam as características técnicas e as funções do aparelho, as expectativas dos usuários de negócios são por simplicidade e velocidade no uso.

Um aplicativo para iPhone que ofereça ao usuário uma experiência terrível pode significar problemas para o CIO. "O limite de adoção pelo usuário é muito, muito estreito", diz Quinton Alsbury, co-fundador da Mellmo, fabricante da aplicação de BI móvel Roambi. "Se demorar muito para que algo aconteça, a tendência é colocar o telefone de volta no bolso."

Aqui estão atitudes que os CIOs devem evitar ao navegar nestas águas complicadas do desenvolvimento de aplicativos para iPhone. Muitas delas servem para qualquer dispositivo móvel.

1:: Não tente replicar o laptop

Muitos CIOs tentam replicar os dados e as características das aplicações usadas nos laptops no iPhone. Este é o caminho certo para o fracasso. Basta olhar para a experiência das APPs que tentam entregar um desktop virtual no iPhone.

O problema com a replicação é que ele assume que os usuários vão usar o iPhone de uma maneira similar ao laptop. Mas os usos dos dois aparelhos são muito diferentes.

Considere estes três cenários: um vendedor pode estar em sua mesa com um painel de business intelligence (BI) aberto em seu computador, observando a mudança de dados em tempo real durante todo o dia. No seu caminho para um cliente, poderia parar em uma cafeteria e analisar informações relevantes paraa reunião consultado uma planilha no laptop. Ainda no elevador do prédio do cliente, poderia sacar seu iPhone para receber a resposta rápida solicitada ao sistema de BI.

Para os CIOs, isso significa tentar prever onde os usuários móveis possam estar usando a aplicação e que tipo de respostas o usuário estará procurando. Pode não haver muito tempo para que o usuário navegue e detalhe os dados. Talvez não haja conectividade com a Internet. De qualquer maneira, o aplicativo precisa dar respostas com a velocidade de um relâmpago.

"Você não quer que os usuários, ao olhar para uma tela, só vejam um ícone de girando, girando...", diz Alsbury, acrescentando: "Você pode querer armazenar informações localmente, ou pelo menos em uma memória cache do aplicativo, em vez de ter uma solução baseada em servidor, por causa da [pouca ou nenhuma] conexão de rede."

2:: Não generalize

CIOs devem deixar a simplicidade do usuário dirigir seus esforços para o desenvolvimento de aplicativos móveis de negócios. Muitas vezes isso pode representar não incluir muitas funcionalidades em um único aplicativo, para não correr o risco de tornar a navegação extremamente pesada. Cada aplicativo deve ser aberto em poucos segundos e permitir que os usuários façam o que precisavam fazer nele naquele momento.

Os CIOs devem desenvolver vários aplicativos específicos, para determinados grupos de usuários, em vez de um aplicativo geral difícil e inútil para todos.

3:: Gaste o tempo que for necessário para o levantamento dos requisitos

Os CIOs devem estar preparados para gastar muito tempo aprendendo o que os usuários querem de uma aplicação móvel de negócios antes iniciar o desenvolvimento de aplicativos. Falar muitas vezes com usuários, antes do desenvolvimento e durante os testes de conformidade.

"Para cumprir esta etapa de forma eficiente, reserve de duas semanas a um mês", diz Alsbury. A curta duração desta etapa pode resultar em uma má experiência do usuário. As primeiras impressões são fundamentais, especialmente para determinar a adoção ou não da aplicação por parte dos usuários.

4:: Tente delimitar bem o escopo

Mesmo os CIOs mais experientes podem ser vítimas do aumento do escopo. Incluir mais funcionalidade, mais dados, mais botões, mais menus drop-down em um aplicativo móvel parece estar no DNA dos técnicos. "É um hábito tão hard-wired", diz Alsbury.

É preciso ter a disciplina para cortar e reduzir a base de funções para aquelas que os usuários realmente precisem.

A APP de negócio não pode ter tudo o que sua similar para uso no laptop faz. Portanto, o CIO deverá saber o que cortar e o que incluir. E tentar não se afobar com as preocupações e expectativas manifestadas pelos usuários sobre alguns dados que não estarão disponíveis para eles no iPhone.


Em suma...

... mais funcionalidades significam maior complexidade. Os usuários não querem ler um manual de como usar a APP antes de usá-la. Só querem tocar na tela de uma forma simples e intuitiva.

Fonte: CIO Gestão

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