A maioria das empresas está permanentemente exposta a dois problemas: esquecer aquilo que elas não treinam e ter um plano obsoleto e inútil ao precisarem colocá-lo em prática.
Depois de implantar um plano de continuidade de negócios eficaz, a pior coisa que você pode fazer com ele é... nada. Mas é exatamente o que fazem muitas empresas. Se têm planos de continuidade de negócios e de recuperação de desastres bem-arquitetados, as empresas presumem que estão preparadas para o que der e vier.
Na realidade, a maioria das empresas está permanentemente exposta a dois problemas. Em primeiro lugar, as pessoas tendem a se esquecer aquilo que elas não treinam. Em segundo lugar, o ritmo constante de mudanças nas áreas de tecnologia e negócios tornará qualquer plano praticamente inútil em dois anos se não for atualizado com frequência.
“Qualquer que tenha sido a solução adotada dois anos atrás, será que você ainda possui os níveis de tecnologia adequados para viabilizá-la?”, pergunta Terry Assink, vice-presidente de grupo da Brand Velocity. “Você mudou alguma coisa, fez atualizações ou deslocou funções em algum lugar, de tal modo que seu plano deixou de ser válido?”
Muitas organizações, hoje, têm uma estrutura diferente da que tinham antes, com menos funções e menos dados no local e mais dados residindo na nuvem. Consequentemente, uma crise local que interrompesse a comunicação e/ou o fornecimento de energia resultaria em uma gama de problemas também diferente.
Assink destaca que a importância de se manter conectado à internet aumentou extraordinariamente nos últimos tempos. “Costumávamos pensar na rede interna e na rede externa, e a externa tinha um papel secundário”, diz ele. “Atualmente, todas têm o mesmo nível de importância. Grande parte do trabalho colaborativo entre os funcionários e entre estes e os parceiros e clientes é realizada via internet.“
Além de revisar seu plano de continuidade de negócios pelo menos uma vez por ano, você deve praticá-lo no mínimo com a mesma frequência. A Orange Business Services, fornecedora de comunicação empresarial, faz auditorias de surpresa para testar os planos de continuidade de negócios em cada um dos seus centros de suporte. A empresa realizou um destes testes no Cairo cerca de uma semana antes da revolta egípcia começar, do toque de recolher entrar em vigor e do governo cortar a comunicação via SMS e internet. Com um plano bem-treinado, a Orange conseguiu mover rapidamente funções de suporte interrompidas para seus outros centros na Índia, no Brasil e nas Ilhas Maurício e retorná-las suavemente ao Cairo nove dias depois, quando a internet foi restaurada e uma calma relativa voltou à cidade.
Pelo menos uma vez a cada seis meses a International SOS põe em prática seus planos de recuperação de desastres e continuidade de negócios em cada um das suas 70 instalações ao redor do mundo, de acordo com Michael Shea, vice-presidente executivo de TI. “Quando começamos a fazer isso, percebemos que sempre somos horríveis a primeira vez que praticamos alguma coisa”, diz ele. “Quando montamos um data center em um local de recuperação de desastres, seja quente ou frio, ele nunca funciona bem na primeira vez. Precisamos praticar pelo menos duas vezes para fazer direito. Portanto, se praticamos uma vez a cada semestre, levamos pelo menos um ano para obter o resultado desejado.”
Fonte: CIO Gestão
0 comentários:
Postar um comentário