quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Falta de foco estratégico atrapalha otimização de custo em TI

65% dos executivos consultados pelo Gartner afirmam que principal barreira para otimização de gastos com TI está relacionada à mentalidade das companhias
Por Information Week Brasil


Depois de anos investindo na redução de custo, muitas organizações agora focam na otimização do custo de TI. Segundo uma pesquisa do Gartner realizada com mais de 2 mil CIOs em todo o mundo, 65% dos executivos afirmam que a principal barreira para a otimização de gastos com TI está relacionada à mentalidade das companhias – isto é, a capacidade de todos os recursos empresariais trabalharem juntos, direcionados a um objetivo comum.

CIOs criticam a cultura corporativa. Eles sentem que se as empresas estivessem alinhadas e realmente motivadas para um foco estratégico, seria mais fácil realizar seu trabalho com impacto nas economias.

“Organizações não alcançam os resultados desejados na otimização de recursos e os custos acabam retornando ao negócio”, atesta o diretor de pesquisa do Gartner Sanil Solanki. Ele aconselha incorporar cinco princípios a fim de melhorar as tentativas de otimizar despesas com TI, úteis também para evitar investimentos que parecem atraentes em curto prazo, mas acumulam gastos em maiores intervalos de tempo.

O primeiro deles é a transparência. Ela deve ser considerada ao definir os retornos de negócio, e não é possível alcançá-la até que a TI e as lideranças executivas estejam realmente alinhados sobre o papel da tecnologia nos objetivos empresariais.

A agilidade também um dos fatores mais significativos para contínua otimização de recursos e depende da capacidade de cada companhia de se adaptar mais rapidamente às condições internas e externas. O desafio da redução de custos não é apenas referente a cifras, mas em manter equilíbrio entre gastos internos e despesas de outsourcing de maneira flexível, com a qual seja possível realizar pequenos ajustes.

Tanto a demanda quanto o fornecimento precisam ser revistos e isso pode levar a uma cultura na qual a TI se torna reativa às necessidades do negócio. Por isso, responsabilidade também é dos pilares recomendados pelo Gartner – líderes de TI precisam continuamente tomar o controle de seus departamentos e aquisições tecnológicas, se tornando preditivos e dando rumos ao futuro da área.

Por fim, as últimas recomendações são simplificação e disciplina. A complexidade da tecnologia com nuvem, mobilidade e outras tendências além da TI tradicional impõe um custo de adicional de até 25%, calcula a consultoria. Por isso, ambientes simplificados ajudam a mitigar despesas desnecessárias – cortando complexidades desnecessárias de maneira racional, permitindo o uso das vanguardas sem prejuízo ao negócio. Na outra ponta, a disciplina é evidenciada pela melhoria contínua, com a gestão pró-ativa da otimização de custo com dashboards e métricas de desempenho em vez de aguardar por indicadores vindo de outras áreas.

“Organizações que fazem isso bem geralmente montam equipes incluindo profissionais fora da TI para garantir que soluções de otimização de custos incluam objetivos de negócio em vez de apenas especificações técnicas”, conclui o relatório do Gartner.

Fonte: Information Week

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