quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Cinco maneiras para se tornar um mentor melhor

O coaching tem efeitos profundos tanto no tutor quanto em seu aprendiz quando a relação é construída de maneira pensada
Por Information Week - EUA


Não é segredo que ter um tutor inteligente e dedicado pode alavancar sua carreira. De acordo com relatório feito durante cinco anos no programa de coaching da Sun Microsystems, compartilhar conhecimento pode beneficiar sua trajetória de carreira e sua conta bancária.

O estudo que acompanhou 1.000 mentores e aprendizes descobriu que os empregados mentorizados são promovidos cinco vezes mais do que aqueles que não fizeram parte do programa. Já os tutores têm seis vezes mais chances de serem chamados para um trabalho melhor. Nos dois casos, a probabilidade de ganhar um aumento é 20% maior e o mais surpreendente é que 28% dos tutores ganham aumento. Entre os mentorizados, o número chega 25%.

A vice-presidente de marketing da recrutadora Mondo, Laura McGarrity, diz que os benefícios de ser tutor são muitos. “Você se torna melhor comunicador e ouvinte”, ela explica. “Você ganha acesso a novas habilidades nas quais empregados mais jovens têm mais conhecimento. Mas também aprende a compartilhar suas experiências de uma maneira menos egoísta e sem enfeites, o que pode ser renovador”.

Aqui vão cinco dicas para você ser um tutor melhor.

CONHEÇA SUAS LIMITAÇÕES

É importante conhecer suas limitações, sua carga de trabalho. Saiba que se inscrever em um programa de tutor geralmente é um compromisso de um ano, e se você acha que sua agenda não permite tal envolvimento, é melhor pensar duas vezes.

“Há muitas coisas acontecendo no mundo da tecnologia, ela está evoluindo rapidamente”, pontua Laura. “Quando você se torna um tutor, você está se comprometendo a passar por essa evolução com os aprendizes. Especialmente no setor de tecnologia, isso significa que você precisa estar atento para acompanhar as mudanças”.

A partir daí, é importante ter cautela com o número de aprendizes que terá, explica Laura. Enquanto você acredita que pode ensinar muito a muitas pessoas, você tem que ter a consciência de como isso pode impactar a qualidade de seu coaching. Ela diz que o melhor é não se comprometer com mais de duas pessoas ao mesmo tempo.

“Se você acha que pode ser um bom mentor, se comprometer com uma pessoa é melhor que dividir seu tempo com duas ou mais”, atesta ela.

DEFINA EXPECTATIVAS

Definir expectativas no começo da relação entre tutor e aprendiz é essencial, mas é geralmente deixado de lado, especialmente com tutores de primeira viagem, explica Laura. Tenha uma conversa com seu aprendiz nos primeiros estágios para discutir o que ele espera conseguir com essa relação.

“Descubra habilidades que o aprendiz deseja desenvolver, o que ele espera conseguir na carreira e qual cargo ele deseja alcançar”, completa. “Ter um entendimento adiantado das expectativas vai te ajudar a guiar as conversas e o relacionamento entre vocês”.

Isso significa ter um entendimento mútuo da frequência que vocês conversarão e quão acessível você estará para ele, e também reforça a confiança e uma comunicação franca, atesta Laura.

ESTEJA DISPONÍVEL

Executivos são muito ocupados, e os aprendizes sabem disso, mas você não pode deixar a impressão de que você nunca tem tempo para seu aprendiz.

“Aprendizes sabem que seus tutores são ocupados e falta a eles a confiança de te abordar por causa disso”, afirma. “Você precisa deixar claro que você tem tempo para ele, e que ele não deve hesitar em entrar em contato quando houver alguma questão. É para isso que você está lá”. Para a especialista, o mentor precisa deixar isso claro nas primeiras conversas.

DESENVOLVA CONFIANÇA

Uma das características mais importantes de uma boa relação entre tutor e aprendiz é o nível de confiança entre os dois. Seu aprendiz precisa confiar que você está dedicado a ajudá-lo, e você tem que confiar que ele é competente e aberto aos seus feedbacks, aponta Laura.

“A confiança em um relacionamento como esse precisa ser uma via de mão dupla. Como mentor, você deve encontrar semelhanças para fazer a conexão inicial com o aprendiz. Ele precisa saber que a conversa entre vocês sempre será particular”, pondera Laura. “Uma vez que for estabelecida uma relação de confiança, seu aprendiz se sentirá mais confiante em se abrir e te usar como o recurso que você é”.

DEIXE UMA LINHA DE COMUNICAÇÃO ABERTA

Comunicação aberta é a chave para todo coaching de sucesso, explica Laura. Isto inclui definir sua disponibilidade para se comunicar com ele e os meios preferidos, com o entendimento que situações de cansaço vão surgir.

“Momentos de estresse acontecerão, ou eles vão querer pegar o telefone ou te mandar um e-mail para convidar para um café”, ela explica. “Essa é a parte de criar confiança e uma boa comunicação, mas com certos limites. Eles sabem que você não estará disponível à meia-noite”.


Fonte: Information Week

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