Por Carlos Vidinha, diretor da Capgemini Consulting em Portugal
Um dos grandes desafios que os CIOs enfrentam atualmente é o da expansão e complexidade do portfolio de aplicações sob a sua responsabilidade. Estamos perante décadas de crescimento descontrolado, incluindo as fusões e as aquisições de companhias, o crescimento do volume de dados e um vasto número de aplicações com integrações desenvolvidas sob medida.
Todos estes fatores resultaram em um legado de TI que acrescenta pouco valor ao negócio. Este legado inclui aplicações redundantes e outras com pouco ou nenhum uso, dados preservados durante anos sem critérios que o justifiquem, entre outras situações causadoras de entropia ao nível dos sistemas de informação corporativos.
A manutenção dessas aplicações consome a capacidade de intervenção das organizações, considerando não só aspectos tecnológicos, como recursos financeiros e humanos. De acordo com o relatório Application Landscape de 2011, cerca de 2/3 dos CIOs acreditam que uma parcela significativa das suas aplicações deve ser desativada, de forma a proporcionar uma melhor resposta aos desafios de negócio e tecnológicos, dos quais se destacam:
A. Desafios de negócio
- A proliferação de aplicações e o aumento do volume de dados dificultam a flexibilidade, a agilidade, a inovação e o crescimento do negócio;
- A necessidade de atualizar as aplicações para suportar o crescimento do negócio;
- A falta de planejamento e de conhecimento para a evolução da aplicação e a preservação dos dados.
- Os custos elevados de hardware (licenças, armazenamento de dados);
- A incapacidade para cumprir os Service Level Agreements (SLAs);
- O custo elevado dos encargos em Replication Communication Bandwidth;
- Os custos não justificáveis com a manutenção de aplicações somente para controle.
O Application Data Retirement é uma abordagem estruturada a este problema, que contempla: o arquivo de dados da aplicação em um formato independente; a validação dos relatórios existentes perante o arquivo; a tomada de decisão de abandono de determinadas aplicações e de toda a sua infraestrutura/tecnologia; e a gestão da disponibilidade dos dados, entre outras soluções.
Os resultados da implementação desta abordagem traduzem-se na simplificação do portfolio de aplicações, contribuindo para a redução dos custos de manutenção, simplificando os projetos de investimento na evolução dos sistemas.
Todas estas ações devem ser suportadas por um modelo comprovado de relacionamento que ajude o cliente a diagnosticar, com clareza, a sua situação atual, o que pretende alcançar, e a construir um percurso claro e mensurável para fazer essa evolução.
Fonte: CIO Opinião
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