sexta-feira, 22 de março de 2013

Esteriótipo de "técnico competente" ainda persiste

Pesquisa do Gartner revela que maioria dos CEOs ainda vê seus CIOs como demasiadamente técnicos e pouco alinhados com as áreas de negócio.
Por Gregg Keizer, Computerworld/EUA

Os CEOs ainda vêm frequentemente os CIOs como demasiadamente “techies” e pouco alinhados com as necessidades de negócio, de acordo com resultados de um estudo recente da Gartner que ouviu 220 líderes de negócios em todo o mundo. Eles acreditam que os gastos em TI vão aumentar, mas sem um aumento correspondente na importância do papel dos CIOs dentro da organização.

Segundo Mark Raskino, vice-presidente da Gartner, os resultados mostraram que os CIOs raramente são vistos como mestres de gestão da inovação dentro das empresa pelos CEOs, nem são percebidos como parceiros estratégicos.

Embora 40% dos CIOs reportem ao CEO, 30% ao COO e 20% ao CFO, esta tendência de subordinação não mudou na última década.

Quando lhes perguntamos porque o seu CIO tem essa linha hierárquica, os nossos entrevistados não conseguiram dar uma resposta. Estamos descobrindo que muitas vezes os CEOs recrutam fora, sugerindo que não conseguem encontrar candidatos desejáveis dentro da empresa”, diz. “Os CEOs não estão investindo o suficiente para desenvolverem o papel do CIO dentro da empresa".

Os CIOs, por sua vez, parecem estar falhando aos olhos dos CEOs em termos de alinhamento com o resto do negócio. A pesquisa mostrou que persiste o estereótipo do responsável das TI demasiado preocupado com as questões técnicas para poder ser um líder de negócio eficaz. Normalmente, os CIOs são vistos como incapazes de terem uma amplitude de perspectivas de negócios.

Raskino explica ainda que a visão dos CIOs de que eles atravessam as fronteiras departamentais, ao controlarem os sistemas usados por esses departamentos, é inútil ao tentar demonstrar conhecimentos em outras partes do negócio para o CEO.

Alguns CEOs podem até achar esse raciocínio irritante”, considera, “porque mostra uma visão centrada nos processos da empresa, em vez de ter uma visão mais política ou pragmática. Esta visão perfeita do mundo está em desacordo com as realidades mundanas da vida empresarial com que os outros líderes empresariais têm de lidar para atingir os seus objetivos”.

Fonte: CIO Carreira

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