Os últimos 24 meses trouxeram uma explosão de novos dispositivos, aplicações web e plataformas de mídias sociais. A cada lançamento de produtos ou redes sociais, os CIOs são pressionados por seus funcionários, incluindo altos executivos, para permitir o acesso amplo à web e a dispositivos comuns ao consumidor na rede corporativa.
Os riscos de segurança de dados são evidentes e a perda de controle em comparação à época em que os departamentos de TI podiam escolher tecnologias, é angustiante. A consumerização da TI é inevitável e é provável que seja boa para os negócios, mesmo que cause nervosismos.
Por que é inevitável? Há cinco tendências que nos trouxeram ao momento atual da consumerização da TI.
- Tendência # 1: A ascensão das mídias sociais como uma aplicação de negócio. As redes sociais tornaram-se ferramentas necessárias e ideais para a construção de relações de trabalho e realização de negócios. Uma característica chave desta aplicação é ter a capacidade de seguir oportunidades, de modo que as conexões sociais tornem-se conexões de vendas. Portanto, os empregadores devem facilitar este tipo de colaboração social e não se sentir ser ameaçado por ela.
- Tendência # 2: A indefinição de trabalho e casa. De acordo com uma pesquisa sobre trabalho remoto realizado pela Forrester, 41% dos empregadores estão planejando opções de funcionários remotos este ano e 43% dos trabalhadores norte-americanos - mais de 63 milhões de pessoas - estarão remotos em 2016. Contratos de trabalhos flexíveis que incentivam os funcionários a trabalhar em casa - ou em qualquer lugar – dificultam o controle de uso da tecnologia. Os departamentos de TI precisam desenvolver políticas para enviar e proteger dados sensíveis em dispositivos que pertencem tanto a TI como aos empregados.
- Tendência # 3: O surgimento de novos dispositivos móveis. A era móvel chegou. No próximo ano, as vendas globais de smartphones serão superiores aos de computadores pessoais pela primeira vez na história. Com tal mudança, teremos cada vez mais funcionários trabalhando com dispositivos pessoais. Portanto, a pressão sobre os departamentos de TI para fornecer serviços e suporte para os dispositivos dos empregados e suas aplicações serão maiores.
- Tendência # 4: Os modelos de negócios continuam mudando, e portanto, requerem funcionários antenados. Coloque a ascensão dos meios de comunicação social junto com o comércio eletrônico e dispositivos móveis e você terá um mercado em que o chat influencia as decisões de compra em mais da metade do tempo. De acordo com a McKinsey and Company, "o Chat é o fator principal por trás de 20 a 50% de todas as decisões de compra". Cada vez mais, vemos como o controle de marcas corporativas desloca-se para conversas on-line fora do alcance da empresa, portanto as organizações valorizam aqueles funcionários que podem navegar no ecossistema e são influenciadores em suas redes sociais.
- Tendência # 5: As expectativas dos funcionários de TI corporativa estão mudando. Candidatos em potencial não querem entregar seus dispositivos, enfraquecendo o recrutamento e as habilidades de retenção das empresas que se recusam a acomodá-los. Imagine como um graduado do ano 2011 reage quando ele chega a seu escritório e descobre que seu PC está executando uma versão bloqueada do sistema operacional que foi lançado pela primeira vez quando ele tinha 12 anos.
As tendências de consumerização de hoje ainda estão em fase inicial, o que significa que a pressão para que a maioria das organizações de TI mudem só vai se intensificar. As empresas que reagirem com atencão e decisão irão colher benefícios para o resto da era móvel e além.
A principal característica da tendência de consumerização é o desejo humano - as pessoas querem trabalhar da mesma forma como vivem, usando a internet para facilitar relações e comunicação. Essa é a tendência para a próxima onda de negócios. Aquelas empresas que se adaptarem rapidamente e cuidadosamente e mudarem a relação entre os funcionários e o departamento de TI serão mais capazes de atrair e reter talentos, de executar novos modelos de negócios, e de aumentar a competitividade. Então, por que lutar contra isso?
(*) Daniel Neiva é diretor de vendas para pequenas e médias empresas e consumidor final da Dell Brasil.
Fonte: TI Inside
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