sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Afinal, qual é o negócio da Tecnologia?

Uma empresa com estrutura forte, deve estar baseada em um ambiente tecnológico eficaz, que permita o crescimento sustentável e o monitoramento das informações em tempo real
Por Rubens S. Bordini, ex-CIO do Banrisul - bordini@astrolabio.net.br


Muito ainda se fala que as áreas de Tecnologia da Informação deveriam se alinhar às áreas de negócios nas empresas. A maioria ainda não conseguiu definir se deve ensinar tecnologia aos funcionários da área de negócios, ou se deve ensinar como os negócios funcionam ao pessoal da área de tecnologia. Os melhores resultados não estão em nenhuma destas propostas. Para que as empresas tenham um bom alinhamento da área de TI e as áreas de negócios, basta que estas provoquem um clima de cooperação entre os dois ambientes, que entendam que são partes fundamentais de um mesmo propósito. O resultado da empresa depende da maturidade desta integração.

Para que a integração seja eficaz, a área de TI deve auxiliar as áreas de negócios a desenhar seus processos, criar e monitorar indicadores de produção e de desempenho, disponibilizar sistemas e informações confiáveis e seguras para que, assim, se possa obter maior racionalização dos recursos, propor melhores canais de comercialização, desenvolver novos negócios e satisfazer as vontades dos clientes.

Depois que estas áreas estiverem “alinhadas”, a empresa terá maturidade para que a tecnologia se alinhe à estratégia da empresa, na busca de solução para todos os desafios tecnológicos que existem na sua gestão, quer na redução de custos, no aumento de vendas e receitas, e na busca da satisfação de clientes e funcionários. No uso de ferramentas como Gestão Matricial de Despesas, CRM (gestão de clientes), ERP (gestão da cadeia de valor), definição do modelo de Governança, Risco e Conformidade (GRC), Plano de Continuidade de negócios, Gestão de Riscos, etc.

E é bom alertar que a área de TI não pode deixar de lado o que é de sua responsabilidade direta, como a gestão de hardware e software, a definição das políticas de segurança da informação, a eficiência operacional e financeira, a gestão de ativos com base no Plano Diretor de informática, a disponibilização de informações confiáveis, o suporte ao Modelo de Gestão, a simplificação de sistemas para usuários e clientes, a redução de seus custos com o uso de virtualização, outsourcing e cloud computing, uso de assinatura e identidade digital, e, a melhoria constante de processos.

Em um mundo globalizado, onde a transparência e o fácil acesso à informação são cada vez mais valorizados, isto é o que as áreas de TI deveriam fazer. Uma empresa com estrutura forte, deve estar baseada em um ambiente tecnológico eficaz, que permita o crescimento sustentável e o monitoramento das informações em tempo real. E mais, através de simulações de cenário, conhecer os possíveis resultados da empresa quando as principais variáveis de mercado, econômicas e internas forem estressadas, vislumbrando previamente, possíveis correções. Resumidamente, este é o negócio da tecnologia.

Fonte: CIO Opinião

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Atolado no legado? Application Retirement é a solução

Abordagem ajuda a manter acesso aos dados críticos para o negócio.
Por Carlos Vidinha, consultor na Capgemini Consulting em Portugal

Um dos grandes desafios que os CIO enfrentam atualmente é o da expansão e complexidade do portfólio de aplicações sob a sua responsabilidade. Estamos perante décadas de crescimento descontrolado, incluindo as fusões e as aquisições de companhias, o crescimento do volume de dados e um vasto número de aplicações com integrações desenvolvidas sob medida.

Todos estes fatores resultaram em um legado de TI que acrescenta pouco valor ao negócio. Este legado inclui aplicações redundantes e outras com pouca ou nenhuma utilização, dados preservados durante anos sem critérios que os justifiquem, entre outras situações causadoras de entropia ao nível dos sistemas de informação corporativos.

A manutenção dessas aplicações consome a capacidade de intervenção das organizações ao nível tecnológico, de recursos financeiros e humanos. De acordo com o relatório Application Landscape de 2011, cerca de 2/3 dos CIO acreditam que uma parcela significativa das suas aplicações deve ser desativada, de forma a proporcionar uma melhor resposta aos desafios de negócio e tecnológicos, dos quais se destacam:

A. Desafios de negócio
  • A proliferação de aplicações e o aumento do volume de dados dificultam a flexibilidade, a agilidade, a inovação e o crescimento do negócio;
  • A necessidade de atualizar as aplicações para suportar o crescimento do negócio;
  • A falta de planejamento e de conhecimento para a evolução aplicacional e a preservação dos dados.
B. Desafios tecnológicos
  • Os custos elevados de hardware (licenças, armazenamento de dados);
  • A incapacidade para cumprir os Service Level Agreements (SLAs);
  • O custo elevado dos encargos em Replication Communication Bandwidth;
  • Os custos não justificáveis com a manutenção de aplicações somente para controle.

Para dar resposta a estes desafios é necessária uma combinação de serviços com soluções de software, para a gestão de informação e a gestão e arquivo de dados, incluindo casos de uso e um roteiro tecnológico de implementação.

O Application Data Retirement é uma abordagem estruturada a esta problemática, que contempla a manutenção do arquivo de dados aplicacionais em um formato independente; a validação dos relatórios existentes perante o arquivo criado; a tomada de decisão de abandono de determinadas aplicações e de toda a sua infraestrutura/tecnologia; e a gestão da disponibilidade dos dados, entre outras soluções.

Os resultados da implementação desta abordagem traduzem-se na simplificação do portfólio aplicacional, contribuindo para a redução dos custos de manutenção, simplificando os projetos de investimento na evolução dos sistemas aplicacionais. Todas estas ações devem ser suportadas por um modelo comprovado de relacionamento que ajude o cliente a diagnosticar, com clareza, a sua situação atual, o que pretende alcançar, e a construir um percurso claro e mensurável para levar a cabo essa evolução.

Fonte: CIO Opinião

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Como sobreviver, se destacar e evoluir no networking

Algumas técnicas ajudam a diminuir a ansiedade na hora de acionar a sua rede de relacionamentos
Por Computerworld/EUA

Mas é possível aprender a fazer networking? Sim, de acordo com a consultora Naomi Karten, autora do livro "How to Survive, Excel and Advance as an Introvert", que apresenta sete dicas de como abordar sua rede de relacionamentos.


 Desenvolva a ideia certa
Não comece um dizendo que está precisando disso ou daquilo, agindo assim você estará apenas sendo indiscreto e inconveniente.

Uma das formas de abordar as pessoas é ter sempre em mente a ideia de que networking é um caminho de mão-dupla. Ouvir é tão importante quanto falar. Deixe sua curiosidade e espontaneidade guiarem a conversa. Mas seja direto, objetivo, não perca o foco, pergunte, ouça mais e fal pouco.

Gaste algum tempo treinando o seu dicurso. Simule uma situação em que tenha de descrever seu trabalho, por exemplo. Desta forma, você estará preparado para ir direto ao ponto quando alguém lhe perguntar o que faz.

 Defina objetivos
Ao praticar o networking, você assume que precisa de outra pessoa na realização de um de seus objetivos, então, se prepare para se relacionar. Crie uma lista do que deseja alcançar. Tenha clareza do que busca. Isso não só dá as bases para a criação de bons relacionamentos, como também motiva os interlocutores.

Procure as pessoas que você tem a certeza que acrescentarão sempre algo novo, não precisa ser exatamente do seu nicho de atuação, mas tem de haver um vínculo entre o objetivo de cada um, para que haja um bom relacionamento.

3 – Tire proveito de sua zona de conforto
O profissional deve observar seu próprio comportamento para entender o que funciona mais para ele.

O CIO da Fenwick & West LLP, Matthew Kessner, sente-se à vontade para falar com centenas de pessoas. Conversar com multidões não constrói relacionamentos pessoais, mas ele aproveita a ocasião para falar cara-a-cara depois das apresentações. Para melhorar sua rede de relacionamentos, ele aprendeu a tirar o melhor proveito das situações confortáveis.

4 – Saiba mapear as oportunidades de relacionamento
A parte mais importante da construção de uma rede de networking é a identificação das pessoas com as quais vale manter relacionamentos. Lembre-de, networking não é quantidade. É qulidade.

É importante sempre ir aos locais onde o profissional será visto e reconhecido. É possível fazer muitos contatos em apenas um evento. É uma ótima oportunidade para conhecer pessoas interessantes, futuros parceiros de negócios e manter um relacionamento com o mercado. As filas também são uma ótima oportunidade para dar início a um bate-papo. E as redes sociais, hoje, plataformas essenciais para todos os que desejam investir em networking. Com foco na audiência, eleja aquela com a qual deseja interagir e consulte perfis de amigos e parceiros de negócios para conhecer o padrão deinteração de cada um.

Organize seus contatos por nível de confiança e área de conhecimento. Digamos que você decidiu que é hora de procurar um novo emprego e quer começar a contactar as pessoas da sua rede. Você deve estabelecer círculos concêntricos com base em níveis de confiança e iniciar o contato com seu núcleo de confiança primeiro. E pode querer modificar o tom de sua conversa do "Preciso sair daqui!" para "Estou procurando um desafio maior do que o que minha atual empresa oferece", dependendo de tipo de relacionamento que você tem com o seu contato.

5 – Maximize as ferramentas de sua rede social
É interessante maximizar conexões de suas redes, como Facebook, LinkedIn, Twitter e Yammer. Em todos, há grupos que estão ligados aos seus interesses, pessoais e profissionais. Pode ser a porta de entrada para novas oportunidades.

Esteja certo de que seu perfil estará sempre atualizado e com as informações que forem necessárias. Mesmo que você já tenha passado por diversas organizações, não há necessidade de listar o histórico de forma individual. Seja claro e objetivo.

6 – Ofereça algo quando travar contatos
Profissionais interessados em tirar proveito de sua rede de relacionamentos precisam passar a imagem de profissionais confiáveis e competentes e isso se dá com atitudes constantes de demonstração de flexibilidade, colaboração, conhecimento e humildade. É importante acrescentar valor cada vez que estabelecer um novo contato. "Pense sempre: o que posso oferecer?”, afirma Karten. “Nem sempre é confortável para o outro mostrar o que quer", diz.

Portanto, tenha sempre em mente que ö que eu posso fazer por você” vem bem antes de “o que você pode fazer por mim”. Disponibilize-se para ajudar as pessoas.

7 – Comprometa seu tempo
Profissionais introvertidos estão acostumados a deixarem oportunidades de relacionamento passarem. Uma maneira de evitar que isso aconteça é comprometer o tempo e marcar encontros durante cafés da manhã ou almoços. Essa prática, quando incluída na rotina diária de negócios do profissional, torna mais fácil a criação de uma rede de relacionamentos e o desempenho social. Uma rápida saída para um cappuccino pode render frutos e informações valiosas.

Fonte: CIO Carreira

terça-feira, 20 de agosto de 2013

O RH como parceiro estratégico

A área deve assumir um papel de aliada para todo líder que, dentro da organização, queira desenvolver o pleno potencial de sua equipe
Por Diogo Zanata, professor do departamento de Gestão de Pessoas do IESE Business School


O avanço tecnológico, a globalização e o acesso cada vez mais fácil aos mercados e às tecnologias, têm forçado as empresas a se diferenciarem no que possuem de mais próprio e único, que é o seu pessoal. Consequentemente, as funções desempenhadas pelo RH precisam acompanhar estas mudanças e ajudar as empresas a desenvolverem sua vantagem competitiva. Por isso, é cada vez maior a demanda por um departamento de RH que seja um parceiro estratégico na empresa.

Historicamente, o RH desempenhou as funções mais burocráticas do relacionamento entre a organização e seus colaboradores. Sempre foram consideradas atribuições primordiais do RH a elaboração de processos seletivos, os trâmites trabalhistas de admissão e demissão, os cuidados administrativos em geral, dentre outras tarefas legais. A nova demanda colocada hoje sobre o RH não elimina estas funções, ainda que muitas delas possam ser automatizadas e terceirizadas, mas requer adicionalmente uma atuação mais ativa e próxima da alta direção como um parceiro na elaboração e implementação estratégica.

Deste modo, nenhum processo de mudança organizacional pode ser bem desenvolvido e implementado sem a participação ativa do RH de uma empresa. É de fundamental importância que o RH assuma a autoria de criar uma nova “arquitetura organizacional”, partindo de um diagnóstico realístico e definindo as etapas seguintes no processo de mudança. Em acordo com isto, o RH deve assumir um papel de aliado de todo líder na organização que queira desenvolver o pleno potencial de sua equipe de trabalho. É necessário que o RH trabalhe lado a lado com os executivos interessados para alinhar e adaptar as políticas de remuneração e incentivos, com vistas a atender o cliente interno e externo no longo prazo, gerando um diferencial para a empresa atrair e desenvolver talentos internamente.

Para constituir este novo e tão desejado RH não há formulas prontas, e resulta pouco efetivo a transplantação de experiências ainda que bem sucedidas de outras organizações. Cada empresa e cada departamento de RH são diferentes e únicos, exigindo do pessoal responsável um comprometimento integral e de longo prazo para ser bem sucedido nesta jornada. Estes profissionais também precisam conjugar uma visão abrangente e diversificada que pode resultar da colaboração de profissionais com diferente formação e experiências.

Finalmente, é fundamental que o RH ajude a direção geral na elaboração e definição de novas metas sem perder a perspectiva global da missão e visão da empresa. Com este propósito o RH e toda a organização ganham uma integração e capacidade de formar um todo orgânico mais adaptado e capaz de sobreviver ao ambiente competitivo do mercado.

Fonte: Revista Você RH

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Dez regras clássicas para implementar Business Intelligence

É essencial aprender com os erros de outros para que o projeto não falhe
Por Klaus Hofmann zur Linden, Computerworld/Alemanha



No passado, as companhias gastavam muito dinheiro com BI, mas nem sempre conseguiam alcançar os resultados pretendidos. Prova disso, as reclamações dos usuários sobre a falta da qualidade dos dados e a dificuldade de utilização dos sistemas e ferramentas de BI, assim como relatórios incompletos ou dados imprecisos que impactam a tomada de decisões. Estas debilidades são causadas por fraquezas funcionais e organizacionais na implementação de projetos de Business Intelligence.


“O BI é, antes de tudo, uma tarefa de controle, compras, marketing e vendas. Os departamentos de negócio estão familiarizados com os requisitos individuais em termos de gestão da performance funcional e sabem que parâmetros e dados necessitam controlar os seus processos de negócio”, afirma Klaus Hofmann zur Linden, Technical Manager da Information Builders. “O departamento de TI deve construir a infra-estrutura as aplicações de BI e assegurar uma operação de confiança”.

Particularmente com novos projetos de BI é essencial aprender com os erros de outros para que o novo projeto não falhe. A Information Builders compilou dez dicas de ouro para a implementação do BI.

1. Definir os requisitos funcionais
Comece por indicadores de desempenho (KPI – Key Performance Indicators), que são o centro de qualquer aplicação de BI. A equipe do projeto, composta por colaboradores do departamento de TI e de outros departamentos especializados, deve determinar que informação deve ser disponibilizada pelas aplicações de BI, quando é necessário estar disponível e em que formato.

2. Definir os grupos de utilizadores
A equipe do projeto deve definir quem são os utilizadores da solução de BI. Existem geralmente três grupos de utilizadores: utilizadores gerais de relatórios; os produtores e analistas que avaliam os dados; e finalmente os gestores que decidem os objetivos

3. Envolver os utilizadores numa fase inicial
Na fase inicial, o departamento de TI deve criar um protótipo simples da solução. Desta forma, pode ser feita uma revisão assegurar que os requisitos essenciais serão incluídos desde o início. Na implementação de um projecto de BI, os colaboradores dos departamentos especializados devem sempre ser incluídos lelamente, uma vez que são esses indivíduos que, no futuro, irão trabalhar com as aplicações. Quando se testar o protótipo, esses colaboradores podem determinar se o projeto segue o escopo.

4. Ter apoio da Gestão
A equipe do projeto deve ter apoio da gestão. Esta é a única forma de garantir que os objetivos corporativos a curto e longo prazo sejam incorporados. A implementação é monitorizada pela comção de indicadores de desempenho (KPI) permanentes dos rácios operacionais mais importantes.

5. Identificar os Indicadores de Desempenho (KPI) requeridos
São necessários valores operativos a gestão dos processos de uma companhia. A equipa de projecto deve defini-los em conjunto com o departamento especialista. No manuseamento e produção de materiais, por exemplo, indicadores de desempenho tais como “custo do material por cada componente” ou “volume de negócio por colaborador” são variáveis provadas. Isto torna mais fácil determinar se os objetivos foram alcançados ou não.

6. Garantir a integração e qualidade dos dados
Integração dos dados é um fator decisivo o sucesso de um projeto de BI. A equipe deve identificar os sistemas operacionais nos quais a informação requerida está disponível e como os dados devem ser acessados. informação atualizada, o acesso direto é a melhor opção. Se a qualidade dos dados brutos não for suficiente, isso deverá ser melhorado com as ferramentas de software apropriadas acessar todas as fontes de dados.

7. Descubra que ferramentas de BI já estão disponíveis na empresa
Quando um novo projeto é iniciado, é necessário determinar se as ferramentas existentes os usuários finais devem continuar a ser utilizadas ou se devem ser substituídas completamente. Na maioria dos casos, a padronização num único sistema de BI é preferível garantir consistência na disponibilização da informação dentro da empresa.

8. Escolher o Software de BI correto
Com uma Proof-of-Concept (PoC), a equipe de projeto decide o software mais adequado, baseando-se geralmente em um briefing específico. Este procedimento permite à equipe de projeto garantir com maior grau de certeza de que o software se adequa ao seu negócio.

9. Limitar o tempo de execução do projeto
Aqui aplica-se a velha regra: “Tudo o que dure mais que seis meses deixa de ser um projeto e passa a ser um problema.” Quando se implementa um novo projeto de BI, os departamentos especializados devem estar centrados e proceder em claros passos definidos. Os subprojetos devem ser desenvolvidos que os primeiros módulos executáveis e operacionais estejam disponíveis depois de dois ou três meses.

10. Um projeto de BI é um processo constante
Os requisitos das companhias mudam constantemente e o mesmo se aplica a uma aplicação de BI. Todas as soluções de BI têm de ser continuamente desenvolvidas e otimizadas em uma base permanente. Esta é a única forma que têm de cumprir os requisitos

Fonte: CIO Tecnologia

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Melhore a sua produtividade com três princípios de Lean Manufacturing

As ferramentas do Lean podem e devem ser usadas de forma sistemática para melhorarem continuamente as aptidões dos colaboradores e o desempenho do departamento e da empresa.
Por Meridith Levinson, CIO/EUA

Daniel Markovitz tem estudado Lean Manufacturing desde que leu pela primeira vez o livro "A Máquina que Mudou o Mundo", quando ainda era estudante da Stanford Business School, em 1992. Seis anos atrás, quando se tornou consultor de produtividade e gestão do tempo, Markovitz começou a estudar como os trabalhadores podem se beneficiar individualmente dos princípios do Lean Manufacturing.

Aqui, Markovitz explica como os profissionais de TI podem implementar três conceitos de Lean Manufacturing para aumentarem sua produtividade pessoal e a do departamento.

Conceito 1: 5S

O conceito 5S tem a ver com a manutenção de um espaço de trabalho, puro e organizado. Fazer cada vez mais com cada vez menos – menos esforço humano, menos equipamento, menos tempo e menos espaço. Latu sensu, o termo 5S diz respeito a cinco conceitos simples que, em japonês começam com a letra “s”: Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu, Shitsuke. Em português, o Senso de Utilização, o Senso de Arrumação, o Senso de Limpeza, o Senso de Normalização e o Senso de Disciplina.

Quando as empresas implementam o 5S elas se certificam de que todas as ferramentas e materiais de trabalho desnecessários sejam descartados da área de trabalho (utilização), que "todas as ferramentas necessárias (como um computador, monitor, teclado e sistema de arquivamento) tenham seus lugares específicos (arrumação), espaços de trabalho sejam limpos enquanto o trabalho é realizado (limpeza), métodos de limpeza sejam aplicados de forma consistente (normalização), e que a prática do 5S possa ser continuamente melhorada (disciplina).

Em um de seus artigos, Markovitz adapta o conceito do 5S à informação. Considera que trabalhadores, em geral, têm acesso rápido e fácil à informação que necessitam para realizar seus trabalhos, e isso é mais importante para o seu trabalho do que ter um lugar específico na mesa de trabalho para, digamos, um grampeador. O peso de cada um dos Ss, portanto, varia de acordo com a natureza do trabalho e a função exercida.

Conceito 2: Trabalho Padronizado

Montadoras têm maneiras padronizadas de montar carros. Aderem a esses padrões de fabricação rígidos para reduzir defeitos.

Na Era do Conhecimento, no entanto, pouco trabalho é padronizado. Não há nenhuma maneira padrão para conduzir uma reunião, verificar um e-mail ou avaliar um orçamento, observa Markovitz. No entanto, os trabalhadores da Era do Conhecimento acreditam que possam se beneficiar de tais normas, o que poderia prevenir erros e omissões. A adoção de checklists pode ser a forma de fazer isso.

Empresas de private equity, por exemplo, podem criar listas de verificação sobre questões-chave que investidores devem perguntar aos candidatos a investimentos durante a devida diligência.

"O trabalho pode ser incrivelmente padronizado se você tiver como garantir que não irá esquecer de realizar tarefas-chave", diz Markovitz. "Ao fazer isto, você ganha tempo e permite-se concentrar em tarefas mais criativas."

Conceito 3: Fluxo contínuo
Na manufatura, a interrupção de uma linha de produção é um desperdício. Sai caro. Operários trabalham duro para garantir que o fluxo de linha de produção raramente pare.

A dinâmica do chão de fábrica eficiente contrasta com a de um escritório corporativo, onde "trabalhadores do conhecimento raramente seguem um fluxo e são bombardeados por constantes interrupções, ou e-mail de colegas de trabalho, que dificultam sua concentração e produtividade", diz Markowitz.

Ele aconselha os clientes corporativos a adotarem estruturas sistêmicas e acordos de nível de serviço que permitam aos empregados sentar e se concentrar. Por exemplo, um departamento de TI pode definir uma rotatividade entre os profissionais para que, diariamente, parte deles cuide das tarefas de help desk enquanto outros trabalham em outros projetos, sem a preocupação de terem que apagar incêndios.

"Isso cria blocos de tempo onde as pessoas têm a oportunidade de trabalhar em seus projetos maiores sem que tarefas rotineiras deixem de ser realizadas", explica Markovitz.

Fonte: CIO Carreira

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A infraestrutura da sua empresa está disponível 24 por 7?

Analistas do instituto Forrester dão dicas de como analisar o impacto da queda de sistemas críticos e recomendam medidas para evitar que eles fiquem fora do ar, trazendo prejuízo aos negócios.



Imagine que você trabalha no departamento de infraestrutura e operações de uma empresa de distribuição que mantém um braço de e-commerce muito forte na web e acontece falha em momento de alto pico de vendas. Sua companhia pode não apenas perder dinheiro mas ter a imagem arranhada.

Enquanto sua equipe tenta encontrar uma solução, o seu site de e-commerce, que gera dezenas de milhares de reais receita, exibe uma mensagem de erro para todos os seus clientes potenciais. Com as redes sociais em ebulição, em questão de segundos esse problema pode cair no Facebook, Twitter ou em outras mídias dociais. Para piorar a situação, hoje não é um dia normal, mas a data de maior volume de negócios do ano, como acontece em períodos como Dia das Mães, Natal etc.

Este cenário de pesadelo é um exemplo extremo do que sua empresa pode experimentar com a indisponibilidade de serviço no pior momento possível. Nunca é uma boa hora para a queda de sistemas de negócios, mesmo em paradas planejadas. Hoje com empresas globais, funcionando em horários diferentes, a TI muitas vezes tem que funcionar 24 horas aos sete dias da semana, dependendo da atividade.

É por essa razão que as empresas estão cada vez mais construindo sistemas de negócios e infraestrutura que estejam sempre disponíveis para evitar quedas. Porém, não existe um botão mágico que permita isso. Os processo são complexos e demorados. Eles exigem planejamento e dsenvolvimento de uma estratégia para encontrar o local perfeito, que garanta que seus serviços funcionem 24 horas por dia, 365 dias por ano.

A Computerworld da Espanha traçou algumas dicas em conjunto com o instituto Forrester para ajudar a reduzir o impacto de quedas bruscas. Veja a seguir:

1- Entenda os custos da indisponibilidade de serviços críticos

A maioria das empresas não sabe calcular quanto custa para os negócios a queda de sistemas críticos. Estimar o impacto de uma interrupção, contabilizar prejuízos com perda da reputação e retenção de clientes pode ser uma tarefa assustadora. É preciso saber colocar na ponta do lápis a receita que a empresa deixará de ganhar e todas as possíveis perdas, com adoção de medidas que assegurem que a situação não se repetirá.

Lembre-se que o cálculo do impacto varia de empresa para empresa. Ou seja o custo de downtime muda de negócio para negócio. No exemplo acima, é preciso saber quantos clientes potenciais deixaram de comrpar e em que hora o acidente aconteceu. Em que momento do dia o serviço ficou fora do ar e por quanto tempo. Uma interrupução ao meio dia tem um custo diferente de uma queda às 3 da manhã, dependendo da atividade da companhia.

2- Análise toda a infraestrutura

Não se deve reduzir a ordem de armazenamento ou outro componente de qualquer estrutura de TI. A percepção holística geralmente é a correto. É importante considerar e calcular o tempo de toda a infraestrutura e sempre procurar soluções para os problemas de negócios de ponta a ponta.

3- Combinação entre objetivos de negócio e de TI

Uma vez que você calculou o custo de inatividade e mudou a abordagem da análise da infraestrutura, avaliando de ponta a ponta, o próximo passo é selecionar as tecnologias adequadas para suportar os serviços críticos.

Atualmente, há muitas ferramentas que podem apoiar nesse processo, como arquiteturas específicas para reiniciar rapidamente as máquinas virtuais, monitoramento remoto de equipamentos ou de serviços baseados em nuvem e deduplicação.

A parte mais difícil é encontrar uma abordagem que case com seus objetivos de disponibilidade e que também coincida com o que a empresa está disposta a pagar para proteger sistemas críticos. Há ainda a opção de terceirizar a infraestrutura com um data center, contratar sites backups e ter um plano de continuidade de negócios, para que a operação volte em menor tempo possível.

4- Disponibilidade 100% é quase impossível

O objetivo das empresas não deve atingir 100% de disponibilidade de todos os seus sistemas de negócios, mas apenas para as aplicações críticas. Apesar ter muitas empresas que estão perto de atingir essa meta, a manutenção da infraestrutura disponível o tempo todo é praticamente impossível. Muitas coisas podem dar errado com infraestrutura e aplicações. Podem acontecer desastres naturais, erro humana ou até mesmo manutenção mal planejada.

Fonte: CIO Tecnologia